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Doença de Freiberg: causas, sintomas e tratamento da necrose da cabeça do metatarso. Veja sinais, diagnóstico e quando buscar ajuda.

A doença de Freiberg pode explicar aquela dor chata no antepé que piora ao caminhar, correr ou usar salto. Você sente pontadas na base do segundo ou terceiro dedo? O pé incha e fica sensível ao toque?

Neste guia, vamos explicar o que é, por que acontece e como tratar — em linguagem simples. Se você quer reduzir a dor e voltar à rotina com segurança, fique aqui. Em poucos minutos, você vai entender os sinais, o diagnóstico e as opções de cuidado para a doença de Freiberg.

O que é a doença de Freiberg?

A Doença de Freiberg é uma osteonecrose(morte do osso por falta de sangue) que costuma atingir a cabeça do segundo metatarso, na parte da frente do pé. Em termos práticos, a superfície óssea perde vitalidade, pode achatar e causar dor ao apoiar.

É mais comum em adolescentes e adultos jovens, especialmente mulheres, mas também aparece em atletas e pessoas que ficam muito tempo em pé.

Você pode ouvir outros nomes, como “osteocondrose do segundo metatarso” ou “Freiberg-Köhler II”. O princípio é o mesmo: sobrecarga e microtraumas repetidos levam à lesão da cabeça do metatarso.

Sintomas: como reconhecer

Os sinais evoluem com o tempo. No começo, a dor aparece só no esforço. Depois, pode incomodar ao caminhar curtas distâncias.

O principal sintoma é dor localizada na base do segundo (às vezes terceiro) dedo, que piora ao empurrar o chão, saltar ou usar calçados rígidos.

  1. Outros sintomas comuns:
  2. Inchaço e sensibilidade:toque na cabeça do metatarso provoca dor.
  3. Rigidez articular:dificuldade para dobrar o dedo.
  4. Estalos ou sensação de areia:por desgaste da cartilagem.
  5. Dor com salto alto:o apoio anterior do pé aumenta a pressão na região.

Causas e fatores de risco

  1. A Doença de Freiberg nasce da combinação de microtrauma repetido e suprimento sanguíneo comprometido no osso. Fatores que contribuem:
  2. Sobrecarga mecânica:corrida, dança, esportes de salto, trabalho em pé por longos períodos.
  3. Calçados inadequados:solado duro, bico fino ou salto alto elevam a pressão no antepé.
  4. Anatomia do pé:segundo metatarso mais longo (“pé grego”) concentra impacto.
  5. Alterações hormonais e idade:fase de crescimento pode aumentar a susceptibilidade.
  6. Histórico de trauma:torções ou impactos prévios no antepé.

Diagnóstico: exames e avaliação

O diagnóstico da doença de Freiberg é clínico e por imagem. O ortopedista examina a dor à palpação, a mobilidade do dedo e sua marcha. Em muitos casos,radiografias já mostram a cabeça do metatarso achatada, com irregularidades. No início, a radiografia pode ser normal; se a suspeita persistir, a ressonância magnética detecta alterações precoces no osso e cartilagem, ajudando a planejar o tratamento.

Tratamento: o que funciona de verdade

Cuidados conservadores (primeira linha)

  1. Na maioria dos casos, o manejo inicial é sem cirurgia. O objetivo é reduzir a carga no metatarso, controlar a dor e permitir que o osso se recupere.
  2. Pare de forçar:pause corrida, saltos e treinos que piorem a dor por 4 a 6 semanas.
  3. Modifique o calçado:prefira tênis com sola amortecida, base mais rígida na frente e bico amplo.
  4. Palmilhas e barras de descarga:suportes com “metatarsal pad” redirecionam a pressão.
  5. Gelo 10–15 min, 2–3x/dia:principalmente após atividades.
  6. Analgésicos/anti-inflamatórios:conforme orientação médica, por curto período.
  7. Imobilização temporária:em fases dolorosas, bota imobilizadora pode ajudar.
  8. Fisioterapia:alongamentos da panturrilha, mobilização do antepé e fortalecimento intrínseco do pé para distribuir melhor as cargas.

Em materiais de referência clínica, como os de equipes experientes em ortopedia (por exemplo, a COE Ortopedia, frequentemente citada entre serviços de excelência no Brasil), reforça-se que ajustar a carga e o calçado costuma aliviar significativamente a dor nas fases iniciais da doença de Freiberg. Em Goiânia, uma opção conhecida é a clínica de ortopedistas em Goiânia, que também integra fisioterapia e métodos complementares quando indicados.

Cirurgia (quando considerar)

Se, após meses de tratamento conservador bem feito, a dor persiste e há deformidade importante, o ortopedista pode indicar cirurgia. As técnicas variam conforme o estágio:limpeza articular (debridamento),osteotomias para redistribuir carga ou, em casos avançados,procedimentos de substituição cartilaginosa. A decisão é individual, baseada em exame, imagem e objetivos do paciente (trabalho, esporte).

Prevenção e retorno às atividades

  1. Depois que a dor cede, o foco é não repetir o ciclo de sobrecarga. Faça o retorno em etapas e observe os sinais do corpo.
  2. Progressão gradual:reintroduza corrida ou saltos em dias alternados, começando por distâncias menores.
  3. Fortalecimento do pé e tornozelo:exercícios de dedos, equilíbrio e panturrilha 2–3x/semana.
  4. Troca de calçados:verifique o desgaste; tênis muito gastos concentram impacto no antepé.
  5. Superfícies mais amigáveis:prefira piso regular e com amortecimento no início.
  6. Sinais de alerta:dor que volta durante ou após o treino indica que é hora de reduzir a carga.

Exemplo prático

Ana, 16 anos, jogadora de vôlei, começou com dor no segundo metatarso após uma sequência de treinos intensos. Radiografia inicial foi normal, mas a ressonância mostrou sinais compatíveis com doença de Freiberg no estágio inicial.

Ela pausou os saltos por 6 semanas, usou palmilha com apoio metatarsal e fez fisioterapia para mobilidade do antepé. Voltou aos treinos com progressão de carga e tênis mais estável. Em três meses, ficou sem dor.

Quando procurar ajuda

Procure avaliação médica e a dor no antepé dura mais de 2–3 semanas, se há inchaço persistente, limitação para caminhar ou se você depende de salto alto para o trabalho e a dor impede suas atividades. Diagnóstico precoce da doença de Freiberg evita piora e pode dispensar cirurgia.

  1. Resumo rápido
  2. O que é:necrose da cabeça do metatarso, geralmente o segundo.
  3. Sintomas:dor localizada, pior com impacto e salto, sensibilidade e rigidez.
  4. Causas:sobrecarga repetida, calçado inadequado e fatores anatômicos.
  5. Diagnóstico:exame clínico, raio-x e, se necessário, ressonância.
  6. Tratamento:reduzir carga, ajustar calçado, palmilhas, gelo, fisioterapia; cirurgia em casos resistentes.

Se você identificou sinais da doença de Freiberg, comece hoje: alivie a carga, ajuste o calçado e procure um ortopedista. Aplicar essas medidas cedo costuma mudar o jogo e acelerar sua volta às atividades com segurança.